segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Espermiogênese


Os espermatozóides são células altamente especializadas para desenvolver sua função. Na fecundação contribuem com seu DNA para completar o número diplóide do zigoto que será formado. Para tanto, possui uma célula especializada onde são encontradas estruturas relacionadas com processos de locomoção, penetração e fusão nuclear. Assim, a célula madura é formada de um núcleo compacto, acrossoma e um flagelo com inúmeras mitocondreas em sua base. As principais fases do processo de espermiogênese envolvem a região do Complexo de Golgi, o núcleo e as posições relativas dos centríolos e mitocôndrias da espermátide. A espermátide torna-se uma célula polarizada onde a região do Golgi associa-se intimamente ao núcleo, indicando a região anterior e dá origem a uma organela membranosa chamada Vesícula Acrossômica.
 Forma-se um proeminente grânulo eletrondenso redondo, denominado acrossoma, dentro da vesicula acrossômica, que se achata a começa a envolver o Polo anterior do núcleo. Este sacúolo achatado passa a ser denominado Capuz Acrossômico, formando, juntamente com o acrossoma o Sistema Acrosômico. O acrossoma contém hialuronidase e várias outras enzimas (hidrolases lisossômicas e uma protease semelhante à tripsina), cujo papel é facilitar a penetração nos revestimentos presentes ao redor do ovócito secundário (corona radiata e zona pelúcida) pelos Espermatozóides durante o processo de fertilização. Concomitante ao desenvolvimento do Capuz Acrossômico, os dois centríolos migram para o Polo caudal do núcleo. Neste local começa a se desenvolver o axonema do flagelo (cauda), associado ao centríolo que inicialmente está alinhado com o eixo longitudinal da cauda em desenvolvimento, mas que depois desaparece. 
O núcleo começa a se achatar, condensar, alongar, e o Capuz Acrossômico aumenta, de forma a cobrir pouco mais da metade do núcleo. As mitocôndrias se associam à porção proximal do axonema em desenvolvimento. finalmente elas se dispõem pelas extremiddades na forma de uma hélice firme, constituindo a Bainha mitocondrial, semelhante a um colar. Este revestimento delineia a futura Peça Intermediária do Espermatozóide em desenvolvimento. Uma parte do citoplasma é abandonado ao final desta complexa metamorfóse e é desprendida como um corpo residual. Este corpo residual é imediatamente fagocitado pela células de Sertoli. Ao final o espermatozóide formado apresenta as seguintes partes: Cabeça, onde se encontram o núcleo e o capuz acrossômico; Pescoço, sendo uma região de ligação entre a cabeça e a peça intermediária; a Peça Intermediária onde encontra-se as mitocôndrias associadas a região proximal do flagelo; Peça principal e Peça terminal como sendo duas regiões do flagelo do espermatozóide. Quando os espermatozóides são liberados pelos testículos, sua mobilidade é pequena, seu movimento não é direcionado, e são incapazes de fertilizar o ovócito. Ao passarem pelo epidídimo, adquirem mobilidade e capacidade de fertilização. Essas mudanças são acompanhadas por alterações na estrutura da membrana celular, como a ligação de glicoproteínas, de origem epididimária, na superfície dos espermatozóides.espermatozóides.

Ereção peniana e ejaculação do sêmen 

A ereção do pênis é fundamental para a sua introdução na vagina da mulher. Esse fenômeno de intumescência do órgão masculino é de natureza vascular. O pênis consiste quase que inteiramente de três corpos de tecido erétil, cheios de espaços vasculares. Quando o pênis está flácido, suas arteríolas estão constritadas. Durante a excitação sexual, as arteríolas se dilatam, as câmaras tornam-se intumescidas com o líquido circulatório, o sangue, e o pênis torna-se rígido. Também observa-se a constrição das veias do pênis.
A dilatação vascular é realizada por estimulação de nervos parassimpáticos para as arteríolas do pênis e com a inibição de nervos simpáticos. Além disso, os nervos parassimpáticos estimulam as glândulas bulbouretrais a secretarem um líquido mucoso que lubrifica a uretra do pênis.
A ejaculação do sêmen é, basicamente, um reflexo medular, sendo as vias aferentes aparentemente idênticas às descritas para a ereção. Quando o nível de estimulação alcança um limite crítico, uma seqüência padronizada e automática de descargas eferentes é enviada tanto à musculatura lisa dos dutos genitais, como para os músculos esqueléticos na base do pênis. A resposta global pode ser dividida em duas fases: (1) os dutos genitais e as glândulas se contraem, como resultado da estimulação simpática a eles dirigidos, esvaziando seus conteúdos para dentro da uretra (emissão); (2) o sêmen é então expelido do pênis por uma série de contrações musculares rápidas.
Durante a ejaculação o esfíncter na base da bexiga urinária está fechado, de modo que os espermatozóides nela não podem entrar e nem a urina pode ser expelida. As contração musculares rítmicas que ocorrem durante a ejaculação estão associadas com um intenso prazer e com muitas alterações fisiológicas sistêmicas, sendo o acontecimento total denominado orgasmo. Após a ejaculação ter acontecido, há um período latente durante o qual uma segunda ereção não é possível. Esse período latente é bastante variável, mas pode ser de horas em homens normais.

Regulação Hormonal nos Homens

O hipotálamo, nos homens, secreta GnRH em surtos durante todo o dia, com isso, há a liberação das gonadotropinas FSH e LH pela hipófise. Ambas as gonadotropinas atuam sobre os testículos, estimulando a produção de testosterona pelas células intersticiais.
O FSH controla a espermatogênese estimulando as células de Sertoli. Estas células secretam um hormônio inibina que exerce um controle, por feedback negativo, sobre a hipófise.
Quando os níveis de testosterona estão muito elevados, inibem tanto a secreção de LH como de FSH, como conseqüência da inibição de GnRH. Mas níveis altos de testosterona podem inibir especificamente a secreção de LH pela hipófise.
Os níveis de testosterona ficam elevados após a puberdade, estabilizam-se por volta dos 20 anos de idade, permanecem constante até aproximadamente 40 anos e daí por diante tendem a reduzir. Porém, esta diminuição dos níveis de testosterona ainda são o suficiente para manter a espermatogênese, a função das estruturas acessórias e um certo grau de interesse sexual durante toda a vida do homem.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário