segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ao mestre com Carinho

Componentes do Grupo


Espermiogênese


Os espermatozóides são células altamente especializadas para desenvolver sua função. Na fecundação contribuem com seu DNA para completar o número diplóide do zigoto que será formado. Para tanto, possui uma célula especializada onde são encontradas estruturas relacionadas com processos de locomoção, penetração e fusão nuclear. Assim, a célula madura é formada de um núcleo compacto, acrossoma e um flagelo com inúmeras mitocondreas em sua base. As principais fases do processo de espermiogênese envolvem a região do Complexo de Golgi, o núcleo e as posições relativas dos centríolos e mitocôndrias da espermátide. A espermátide torna-se uma célula polarizada onde a região do Golgi associa-se intimamente ao núcleo, indicando a região anterior e dá origem a uma organela membranosa chamada Vesícula Acrossômica.
 Forma-se um proeminente grânulo eletrondenso redondo, denominado acrossoma, dentro da vesicula acrossômica, que se achata a começa a envolver o Polo anterior do núcleo. Este sacúolo achatado passa a ser denominado Capuz Acrossômico, formando, juntamente com o acrossoma o Sistema Acrosômico. O acrossoma contém hialuronidase e várias outras enzimas (hidrolases lisossômicas e uma protease semelhante à tripsina), cujo papel é facilitar a penetração nos revestimentos presentes ao redor do ovócito secundário (corona radiata e zona pelúcida) pelos Espermatozóides durante o processo de fertilização. Concomitante ao desenvolvimento do Capuz Acrossômico, os dois centríolos migram para o Polo caudal do núcleo. Neste local começa a se desenvolver o axonema do flagelo (cauda), associado ao centríolo que inicialmente está alinhado com o eixo longitudinal da cauda em desenvolvimento, mas que depois desaparece. 
O núcleo começa a se achatar, condensar, alongar, e o Capuz Acrossômico aumenta, de forma a cobrir pouco mais da metade do núcleo. As mitocôndrias se associam à porção proximal do axonema em desenvolvimento. finalmente elas se dispõem pelas extremiddades na forma de uma hélice firme, constituindo a Bainha mitocondrial, semelhante a um colar. Este revestimento delineia a futura Peça Intermediária do Espermatozóide em desenvolvimento. Uma parte do citoplasma é abandonado ao final desta complexa metamorfóse e é desprendida como um corpo residual. Este corpo residual é imediatamente fagocitado pela células de Sertoli. Ao final o espermatozóide formado apresenta as seguintes partes: Cabeça, onde se encontram o núcleo e o capuz acrossômico; Pescoço, sendo uma região de ligação entre a cabeça e a peça intermediária; a Peça Intermediária onde encontra-se as mitocôndrias associadas a região proximal do flagelo; Peça principal e Peça terminal como sendo duas regiões do flagelo do espermatozóide. Quando os espermatozóides são liberados pelos testículos, sua mobilidade é pequena, seu movimento não é direcionado, e são incapazes de fertilizar o ovócito. Ao passarem pelo epidídimo, adquirem mobilidade e capacidade de fertilização. Essas mudanças são acompanhadas por alterações na estrutura da membrana celular, como a ligação de glicoproteínas, de origem epididimária, na superfície dos espermatozóides.espermatozóides.

Ereção peniana e ejaculação do sêmen 

A ereção do pênis é fundamental para a sua introdução na vagina da mulher. Esse fenômeno de intumescência do órgão masculino é de natureza vascular. O pênis consiste quase que inteiramente de três corpos de tecido erétil, cheios de espaços vasculares. Quando o pênis está flácido, suas arteríolas estão constritadas. Durante a excitação sexual, as arteríolas se dilatam, as câmaras tornam-se intumescidas com o líquido circulatório, o sangue, e o pênis torna-se rígido. Também observa-se a constrição das veias do pênis.
A dilatação vascular é realizada por estimulação de nervos parassimpáticos para as arteríolas do pênis e com a inibição de nervos simpáticos. Além disso, os nervos parassimpáticos estimulam as glândulas bulbouretrais a secretarem um líquido mucoso que lubrifica a uretra do pênis.
A ejaculação do sêmen é, basicamente, um reflexo medular, sendo as vias aferentes aparentemente idênticas às descritas para a ereção. Quando o nível de estimulação alcança um limite crítico, uma seqüência padronizada e automática de descargas eferentes é enviada tanto à musculatura lisa dos dutos genitais, como para os músculos esqueléticos na base do pênis. A resposta global pode ser dividida em duas fases: (1) os dutos genitais e as glândulas se contraem, como resultado da estimulação simpática a eles dirigidos, esvaziando seus conteúdos para dentro da uretra (emissão); (2) o sêmen é então expelido do pênis por uma série de contrações musculares rápidas.
Durante a ejaculação o esfíncter na base da bexiga urinária está fechado, de modo que os espermatozóides nela não podem entrar e nem a urina pode ser expelida. As contração musculares rítmicas que ocorrem durante a ejaculação estão associadas com um intenso prazer e com muitas alterações fisiológicas sistêmicas, sendo o acontecimento total denominado orgasmo. Após a ejaculação ter acontecido, há um período latente durante o qual uma segunda ereção não é possível. Esse período latente é bastante variável, mas pode ser de horas em homens normais.

Regulação Hormonal nos Homens

O hipotálamo, nos homens, secreta GnRH em surtos durante todo o dia, com isso, há a liberação das gonadotropinas FSH e LH pela hipófise. Ambas as gonadotropinas atuam sobre os testículos, estimulando a produção de testosterona pelas células intersticiais.
O FSH controla a espermatogênese estimulando as células de Sertoli. Estas células secretam um hormônio inibina que exerce um controle, por feedback negativo, sobre a hipófise.
Quando os níveis de testosterona estão muito elevados, inibem tanto a secreção de LH como de FSH, como conseqüência da inibição de GnRH. Mas níveis altos de testosterona podem inibir especificamente a secreção de LH pela hipófise.
Os níveis de testosterona ficam elevados após a puberdade, estabilizam-se por volta dos 20 anos de idade, permanecem constante até aproximadamente 40 anos e daí por diante tendem a reduzir. Porém, esta diminuição dos níveis de testosterona ainda são o suficiente para manter a espermatogênese, a função das estruturas acessórias e um certo grau de interesse sexual durante toda a vida do homem.
 
 

Sistema Reprodutor Masculino


Sistema Reprodutor masculino é composto pelos testículos, epidídimo, ductos seminais intra e extratesticulares, glândulas anexas e pênis.


Testículo
 Estes túbulos estão contidos em lóbulos, que são formados por septos fibrosos estendidos a partir da túnica albugínea. A túnica albugínea forma a primeira capa protetora interna dos túbulos seminíferos, seguida da túnica vaginal e do saco escrotal. Entre os túbulos encontram-se as células de Leydig ou células intersticiais que são células endócrinas onde são produzidos hormônios esteróides, entre os quais a testosterona. O epitélio do túbulo seminífero é um epitélio estratificado complexo, constituído por dois tipos básico de células: as células de sertoli e as células espermatogênicas. As células de sertóli constituem uma população que não prolifera, composta por um único tipo celular. Cada célula estende-se da membrana basal até a luz do túbulo seminífero. As células espermatogênicas constituem uma população em proliferação, composta por células em várias fases de um complexo processo de diferenciação. A espermatogênese pode ser dividida em três fases distintas:
1-     fase espermatogônica;
2-     fase espermatocítica ou meiose e
3-     fase de espermátide ou espermiogênese.  
 

As células mais imaturas encontram-se perto da membrana basal. A medida que as células proliferam e sofrem diferenciação, movem-se em direção a luz do túbulo seminífero. Geralmente podem ser identificadas, no epitélio seminífero, quatro ou cinco camadas celulares concêntricas, que representam gerações de células em várias fases do desenvolvimento. Estas células espermatogênicas morfologicamente distintas estão em uma das três fases básicas do desenvolvimento, e são identificadas como espermatogônias, espermatócitos e espermátides.  As espermatogônias derivadas de células germinativas primordiais, sofrem uma série de divisões mitóticas e diferenciação morfológica limitada. Ao final da divisão dessas espermatogônias, são produzidos espermatócitos, os quais se dividem meioticamente e produzem as espermátides. Estas células haplóides sofrem diferenciação morfológica drástica, conhecida como espermiogênese, à medida que vão sendo transformadas em espermatozóides.

Funções das células de Sertoli
1- Dar suporte físico às células espermatogênicas;
2-Mediar os movimentos, através do epitélio seminífero, de esteróides, metabólitos e nutrientes utilizados pelas células espermatogênicas.
3-Restringir os movimentos de moléculas extracelulares no epitélio seminífero através da criação de junções de oclusão (barreira hematotesticular) entre células de Sertoli adjacentes. Impede desencadeamento de resposta imunológica contra os espermatozóides.
4-Fagocitar as células espermatogênicas degeneradas e o excesso de citoplasma oriundo das espermátides em fase de diferenciação.
5-Secretar proteínas que se ligam aos andrógenios e que servem para concentrar testosterona no epitélio seminífero e na porção proximal dos ductos genitais.
6- Secretar varias substâncias estimuladoras e inibidoras da regulação da mitose, da meiose, das funções esteroidogênicas das células de Leydig e da liberação de gonadotrofinas pela hipófise.
7- Controlar os movimentos das células espermatogênicas no epitélio seminífero e a liberação dos espermatozóides para a luz do túbulo seminífero.

 

Sistema de ductos genitais
Nas extremidades dos túbulos seminíferos há túbulos curtos e retos, os túbulos retos, que são contínuos com a rede testicular. Na junção dos túbulos seminíferos com os túbulos retos ocorre uma mudança do revestimento epitelial, sendo desprovido de células espermatogênicas. Os túbulos retos terminam na rede testicular, posicionada posteriormente no testículo, formada de uma rede de túbulos com epitélio cúbico de células contendo um cílio e alguns microvilos.

Túbulos Eferentes
A rede testicular termina em 12 a 20 ductos, os túbulos eferentes, que penetram na túnica albugínea e passam do testículo para o epidídimo. Quando os ductos saem do testículo formam massas espiraladas que vão unir-se abrindo-se em um único ducto, o ducto do epidídimo. Os túbulos eferentes são formados de epitélio pseudo estratificado cilíndrico, com células ciliadas e não ciliadas. As células ciliadas parecem estar relacionadas com o auxílio do transporte dos espermatozóides imóveis e líquidos. Já as células não ciliadas tem papel de reabsorção de líquidos produzidos nos túbulos seminíferos. Uma camada de músculo, cada vez mais espessa acompanha os túbulos eferentes. Esta camada está também relacionada com a movimentação dos espermatozóides imóveis através dos túbulos.

Epidídimo
O epidídimo é um órgão formado pelo ducto do epidídimo, um tecido muscular circundante e um tecido conjuntivo vascularizado. O epidídimo desempenha papel fundamental no desenvolvimento do espermatozóide funcional, proporcionando um ambiente essencial e alguns produtos moleculares necessários à sua maturação. O ducto do epidídimo apresenta epitélio pseudo estratificado cilíndrico e as células que chegam até a luz têm como principal característica a presença de estereocílios. Estas células têm função absortivas e secretoras.

Ducto Deferente
Inicia-se como continuação do ducto do epidídimo e termina na porção prostática da uretra. A esta extremidade une-se um ducto proveniente da vesícula seminal que em seguida, atravessa a próstata para unir-se a uretra. A região dilatada do ducto da vesícula seminal, é chamada ampola; a região mais estreita, inclusa na próstata, é o ducto ejaculador. Este ducto é revestido por um epitélio pseudo-estratificado cilíndrico com estereocílios.

Glândulas Sexuais Acessórias:
Vesícula Seminal
As vesículas Seminais são estruturas saculiformes alongadas e contorcidas, que medem aproximadamente 5cm de comprimento e localizam-se entre a face posterior da bexiga e do reto. O produto de secreção da glândula é amarelado, ligeiramente alcalino, viscoso e rico em frutose.

Próstata
É a maior das glândulas acessórias, circunda a porção inicial da uretra. O seu componente glandular consiste em 30 a 50 glândulas tubuloalveolares. Os ductos provenientes de cada uma dessas glândulas convergem para formar ductos terminais que se abrem diretamente na porção prostática da uretra. A prostata secreta um líquido ligeiramente ácido (pH 6,5) e incolor, rico em ácido cítrico e fosfatase ácida. Contém também enzimas proteolíticas que liqüefazem o sêmen.

Glândulas Bulbouretais
São estruturas pares com cerca de 1cm de diâmetro. Durante o estímulo sexual, as glândulas bulbouretais secretam uma substância clara e viscosa semelhante a muco que, provavelmente, atua como lubrificante para a uretra.

Pênis
O pênis é constituído, principalmente por um par de corpos cavernosos, localizados dorsalmente e um corpo esponjodo localizado ventralmente. O corpo esponjoso ou corpo cavernoso da uretra, circunda a uretra e apresenta uma expansão distal, chamada glande do pênis. Essas três estruturas, constituídas por tecido eretil, são circundadas por tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas e pela pele. O tecido eretil é constituído de espaços cavernosos formados por uma rede de trabéculas delgadas revestidas por endotélio. O pênis fica eretil quando estes espaços são distendidos pelo sangue; no estado de flacidez, os espaços contêm uma quantidade reduzida de sangue.
 

6. PANCRÊAS


O pâncreas é uma glândula tanto exócrina como endócrina. Neste capítulo falaremos apenas de sua parte endócrina, sendo a parte exócrina abordada no capítulo de sistema digestivo. A maior parte da glândula produz secreção exócrina, que se dirige ao duodeno. As porções endócrinas da glândula são facilmente reconhecidas ao microscópio óptico como grandes áreas claras situadas entre os ácinos secretores, que se coram mais fortemente. Cada uma dessas áreas claras consiste em grupos irregulares de células conhecidos como ilhotas de Langerhans. As células das ilhotas dispõem-se em cordões anastomosados, profusamente irrigados por capilares fenestrados. As ilhotas de Langerhans não são encapsuladas, sendo sustentadas por fibras reticulares e não possuem ductos. Suas células lançam sua secreção diretamente na corrente sangüínea.Admite-se que as ilhotas representem, aproximadamente, 1,5% do volume do pâncreas.
Em cortes rotineiros corados pela hematoxilina e eosina, não se consegue identificar grânulos secretores nas células da ilhota. No entanto, quando são usadas técnicas especiais de colorações, pode-se identificar 4 tipos de células, de acordo com as características morfológicas e tintoriais de seus grânulos. Essas células são: beta, alfa, delta e PP (célula polipeptídeo-pancreática). As células beta localizam-se centralmente, constituem  a maior parte da população de células da ilhota e secretam INSULINA. As células alfa situam-se na periferia das ilhotas e secretam GLUCAGON. As células delta são encontradas entre as células alfa e secretam SOMATOSTATINA, que é o fator inibidor da liberação do hormônio hipofisário do crescimento, mas também é inibidor da secreção de insulina e glucagon. As células PP produzem um polipeptídeo que, quando injetado em animais, provoca um aumento do peristaltismo intestinal. Em humanos sua função ainda não é conhecida.
A ilhota tem um sensível e aperfeiçoado mecanismo de regulação da glicemia (teor de glicose no sangue ).O glucagon faz subir a glicemia ativando a lise das moléculas de glicogênio armazenadas no fígado, sendo, portanto, considerado um hormônio hiperglicemiante; já a insulina é um hormônio hipoglicemiante, pois retira a glicose da corrente sangüínea e a deposita nas células de todo corpo, sendo o excesso de glicose armazenado no fígado na forma de glicogênio.
ILHOTAS DE LANGERHANS E DIABETES MELLITUS
          No diabetes mellitus, as células beta das Ilhotas  de Langerhans perdem sua capacidade de secretar insulina, ou as células-alvo dos tecidos tornam-se menos sensíveis à insulina circulante. No diabete tipo 1, há uma redução da produção do hormônio – as células beta vão sendo destruídas; não se sabe o motivo, mas acredita-se que se formam anticorpos contra essas células. Já no diabete tipo 2, em que a doença geralmente se inicia na vida adulta, os níveis plasmáticos de insulina podem ser normais ou apenas levemente abaixo do normal. Há uma resistência tecidual à insulina, ou seja, ela não é funcional.  A causa exata do diabetes mellitus não é conhecida, mas acredita-se que
fatores genéticos, metabólicos e auto-imunes, assim como infecção por vírus, possam ser a causa da instalação da doença em muitos pacientes. Em todos os pacientes com diabetes mellitus, o nível de glicose sangüínea está acima do normal ( hiperglicemia). Uma vez que este valor atinge um certo valor limite, aproximadamente 180mg/dL, a glicose passa a ser eliminada pela urina (glicosúria). A pressão osmótica exercida pela alta concentração de glicose na urina inibe a reabsorção de água pelos túbulos renais, de modo que uma quantidade anormalmente elevada de água é perdida, causando diurese excessiva(poliúria).O paciente passa a ter muita sede, pois o volume do líquido extracelular é reduzido e a osmolaridade aumentada. Ele ingere mais líquido numa tentativa de compensar a água perdida.O nível anormalmente alto de glicose sangüínea resulta da permeabilidade reduzida das membranas celulares à glicose causada pela produção insuficiente de insulina ou pela insensibilidade das membranas celulares à insulina circulante. Como as células são incapazes de obter a glicose do sangue para servir de fonte de energia, elas passam a se utilizar das gorduras. Assim, o desdobramento dos triglicerídeos aumenta, liberando ácidos graxos e glicerol. O fígado transforma os ácidos graxos em corpos cetônicos, como forma de transportar acetilas aos tecidos para a obtenção de energia. O problema dos corpos cetônicos é que eles têm um caráter ácido acentuado, e o excesso deste resulta em acidose. O indivíduo apresenta, então, hálito cetônico e respiração de Kusmaul (ofegante, pois o excesso de ácido estimula o centro respiratório).
A falta de glicose nas células reduz a síntese de proteína intracelular.
Além disso, os aminoácidos são perdidos no metabolismo proteico por
converterem-se em glicose, o que também contribui para a hipertrigliceremia.
Os distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas que
estes pacientes apresentam levam a uma perda de peso e falta de energia.
Resumindo...os principais sinais e sintomas do diabético são:
- Poliúria ( muita sede )
- Polidipsia ( urina muito )
- Ter muita fome
- Perda de peso sem causa
- Cansaço
- Visão turva
- Cicatrização difícil

Complicações:
*    Vasculares: aterosclerose;
*    Oculares: catarata e desenvolvimento de anormalidades nos vasos sangüíneos da retina.
*     Renais: insuficiência renal.
*    Cetoacidose diabética: precedido por dores de cabeça, náuseas e vômitos. A respiração torna-se profunda, sendo a consciência perdida gradativamente. É causada por acúmulo de cetoácidos com um desenvolvimento de acidose.

Curiosidade
Hoje em dia já existe transplante de ilhotas pancreáticas. As ilhotas do doador são colocadas através de um cateter na veia porta, atingindo o fígado e ali se instalando, fazendo as mesmas funções que exercia no pâncreas sadio.

5. ADRENAIS (SUPRA-RENAIS)


Em número de duas, cada uma situada no pólo superior de cada rim. Ambas são envolvidas por tecido conjuntivo contendo grande quantidade de tecido adiposo. Cada glândula tem uma espessa cápsula de tecido conjuntivo  e seu estroma é representado por uma intensa trama de fibras reticulares que suporta as células.
A glândula é dividida em 2 camadas:
a) Córtex: porção mais externa, amarela.
b) Medula: porção mais interna, vermelha escura
*    CÓRTEX ADRENAL
A principal função do córtex adrenal é produzir esteróides. Assim, todos os hormônios secretados nesta zona são comumente chamados de CORTICOESTERÓIDES.Os esteróides secretados podem ser classificados em 3 categorias, segundo sua ação predominante:
·     MINERALOCORTICÓIDES
·     GLICOCORTICÓIDES
·     HORMÔNIOS SEXUAIS
O córtex da adrenal é constituído por três camadas:
1.  Zona glomerulosa: situada imediatamente abaixo da cápsula conjuntiva; suas células dispõem-se em agrupamentos globosos, envolvidos por capilares.; suas células são colunares. Secretam hormônios chamados MINERALOCORTICÓIDES, cujo principal representante é a Aldosterona, relacionada com o controle hídrico e o balanço eletrolítico
2.  Zona fasciculada: suas células poliédricas formam cordões paralelos entre si e perpendiculares à superfície do órgão. Essas células são as principais produtoras de GLICOCORTICÓIDES, cujo principal representante é o Cortisol
3.  Zona reticulada: zona mais interna do córtex, limítrofe da camada medular, as células dispõem-se em cordões irregulares, formando um aspecto de rede. Local onde são produzidos hormônios sexuais, principalmente Andrógenos, em especial a dehidroepiandrosterona. Sua ação, porém, é menos de 1/5 daquela exercida pelo andrógeno testicular (testosterona).
*    MEDULA ADRENAL
As células dessa camada são poliédricas e dispõem-se em cordões que formam uma intensa rede em cujas malhas há capilares e vênulas. As células contém grânulos citoplasmáticos que se tornam marrons quando expostos a sais de cromo, sendo, por esse motivo, denominadas células cromafins. Estas  secretam catecolaminas, representadas pela adrenalina e pela noradrenalina, substâncias mediadoras químicas do sistema nervoso simpático.
Ao contrário do córtex, que lança seus produtos continuamente na circulação, a medula os acumula. A adrenalina e a noradrenalina são geralmente liberadas depois de fortes reações emocionais, como, por exemplo, o susto.

4. PARATIREÓIDES


São quatro glândulas muito pequenas, localizadas na face posterior da tireóide, geralmente dentro da cápsula que reveste os lobos dessa glândula. É constituída por:
CÁPSULA
Tecido conjuntivo denso
CÉLULAS
a)     Principais: são as células mais abundantes, organizadas em cordões celulares entre os quais encontra-se tecido conjuntivo frouxo, vasos sangüíneos e uma quantidade regular de tecido adiposo. É devido ao arranjo dessas células que podemos classificar essas glândulas de cordonais. São secretoras do hormônio das paratireóides, o PTH.
b)    Oxífilas: aparecem em volta dos sete anos de idade do indivíduo e aumentam de número com o passar do tempo. Podem ser visualizadas no tecido conjuntivo frouxo do parênquima glandular, próximas aos vasos sangüíneos.
O paratormônio estimula a atividade dos osteoclastos, regulando a degradação do tecido ósseo. O PTH regula os níveis de íons cálcio e fosfato no plasma sangüíneo. Dessa forma, é possível se ter a manutenção da constante “ cálcio X fosfato” no plasma. Esse hormônio é regulado em feedback pela calcemia, isto é, a diminuição da concentração de cálcio no plasma é o principal estímulo para a secreção de PTH, que irá provocar uma hipercalcemia e o conseqüente bloqueio da atividade glandular.
Principais ações do PTH
*    No Tecido Ósseo: estimula o aumento da reabsorção óssea pelos osteoclastos, provocando hipercalcemia
*    Nos Rins: provoca o aumento da reabsorção de cálcio e o aumento da excreção urinária de fosfatos
*    No Intestino Delgado: estimula a absorção de cálcio (e de fosfatos) pelo epitélio intestinal.
       Regulação do Cálcio e do Fosfato no líquido extracelular e no plasma
Em condições gerais, a concentração de cálcio no líquido extracelular é regulada com extrema precisão, ocorrendo raramente elevação, ou queda, de mais de alguns por cento em relação ao valor normal de cerca de 9,4 mg/dl. Esse controle preciso é essencial, visto que o cálcio desempenha papel-chave em muitos processos fisiológicos, incluindo a contração dos músculos esqueléticos, cardíaco e liso, coagulação sanguínea e transmissão dos impulsos nervosos, etc. As células nervosas são muito sensíveis às alterações das concentrações dos íons  cálcio, e os aumentos da concentração desse íon acima do normal (hipercalcemia) provocam depressão progressiva do sistema nervoso. Por outro lado, a redução da concentração de cálcio (hipocalcemia) torna o sistema nervoso mais excitável. Com concentrações plasmáticas de íons cálcio cerca de 50% abaixo do normal, as fibras nervosas periféricas ficam tão excitáveis, que começam a descarregar espontaneamente, provocando contrações musculares tetânicas. Assim...hipocalcemia causa                         
Curiosidade
Apenas cerca de 0,1% do cálcio corporal total está no líquido extracelular, e cerca de 1% nas células, estando o restante armazenado nos ossos.

3. TIREÓIDE


A tireóide situa-se na região cervical, adiante da traquéia, e apresenta-se constituída por 2 lobos unidos por um istmo. Possui origem endodérmica.  Produz os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que estimulam o metabolismo. A secreção da tireóide é controlada, primariamente, pelo hormônio tireoestimulante (TSH), secretado pela hipófise anterior. A tireóide também secreta calcitonina, hormônio importante para o metabolismo do cálcio.
A tireóide é constituída por grande número de folículos fechados (100 a 300 micrômetros de diâmetro), revestidos por células epiteliais cubóides, as células foliculares, que secretam para o interior dos folículos uma substância denominada colóide. O principal componente do colóide é a grande glicoproteína tireoglobulina, que contém os hormônios tireóideos no interior de sua molécula. O segundo tipo celular existente são as células parafoliculares. Nas preparações histológicas de rotina (HE), não são observadas. Costumam estar envolvidas pela mesma membrana basal do epitélio folicular. Essas células secretam o 3º hormônio da tireóide, a CALCITONINA.
Cada molécula de tireoglobulina contém cerca de 70 aminoácidos tirosina, que constituem os principais substratos que se combinam com o iodo para formar os hormônios tireóideos. Assim, esses hormônios formam-se dentro da molécula de tireoglobulina. Para formar quantidades normais de tiroxina (T4), são necessários cerca de 50mg de iodo, ingerido na forma de iodeto a cada ano, ou cerca de 1mg/semana. A primeira etapa na formação dos hormônios tireóideos consiste no transporte do iodeto do sangue para as células foliculares, processo chamado seqüestro do iodeto. O iodeto é oxidado, e adquire a capacidade de se combinar com o aminoácido tirosina. A tirosina é inicialmente iodetada a monoiodotirosina e, em seguida, a diiodotirosina. A combinação de uma molécula de monoiodotirosina com uma de diiodotirosina forma a triiodotironina (T3), enquanto o acoplamento de 2 moléculas de diiodotirosina forma a tiroxina (T4). Cerca de 93% dos hormônios são produzidos e liberados no sangue na forma de T4, enquanto 7% são produzidos na forma de T3. Entretanto, durante os poucos dias subseqüentes, cerca da metade da tiroxina sofre lenta desiodetação, formando quantidade adicional de triiodotironina. Assim, o hormônio que é liberado e utilizado pelos tecidos consiste em T3, que é cerca de 4 vezes mais potente que T4.
 Principal fator desencadeante da secreção de calcitonina é a hipercalcemia: Aumento da concentração de cálcio no plasma  (hipercalcemia).
Para normalizar essa situação, a calcitonina realiza 2 funções básicas:
1)     Inibe a reabsorção óssea (osteólise), através da inibição dos osteoclastos. Assim, a calcitonina é um hormônio hipocalcemiante, exercendo efeito antagônico ao do hormônio da paratiteóide (PTH), que é hipercalcemiante
2)     Estimula a incorporação do cálcio no tecido ósseo.



Os hormônios Tireóideos Aumentam a Atividade Metabólica Celular
Os hormônios tireóideos aumentam a atividade metabólica de quase todos os tecidos do organismo. A falta completa de secreção da tireóide determina, habitualmente, a queda do metabolismo basal de 40 a 50% abaixo do normal, enquanto os excessos de secreção da tireóide podem aumentar o metabolismo basal por até 60 a 100% acima do normal. A velocidade de utilização dos alimentos para a obtenção de energia encontra-se acentuadamente acelerada. Apesar de a intensidade de síntese protéica estar aumentada, o seu catabolismo também está aumentado.
Sistema nervoso central: Os processos mentais são excitados
Crescimento e diferenciação dos tecidos: Os hormônios tireóideos são necessários para o crescimento e diferenciação da maior parte dos tecidos do organismo, pois estimulam a síntese protéica por todos os tecidos corpóreos.
Metabolismo dos carboidratos: T3 e T4 estimulam a absorção de glicose pelo intestino, aumentando sua utilização pelos tecidos. Eles também estimulam a quebra do glicogênio em glicose no fígado, coração e músculo estriado esquelético.
Metabolismo lipídico: há um aumento na mobilização de lipídios do tecido adiposo e estimulam a oxidação de ácidos graxos. Há redução nos níveis plasmáticos de colesterol
Gônadas: os hormônios tireoidianos são necessários para o desenvolvimento normal das gônadas.
A velocidade do crescimento de pessoas jovens apresenta-se muito acelerada., e verifica-se aumento nas atividades da maioria das outras glândulas endócrinas.

3.1) PATOLOGIAS RELACIONADAS

*    Hipotireoidismo: É uma síndrome que se caracteriza pelas manifestações clínicas e bioquímicas devido a deficiência na produção ou ação dos hormônios tireóideos, levando a uma lentidão generalizada dos processos metabólicos. Pode ser:
*    Primário: ocorre por diminuição do tecido tireóideo funcionante ou por defeito da biossíntese dos hormônios tireóideos ( T3 e  T4 baixo e TSH alto).

    Central:
    - secundário (defeito na hipófise)
- terciário (defeito no hipotálamo)

Hipotireoidismo subclínico: Resistência periférica aos hormônios tireóideos.

Sintomas: No hipotireoidismo, os processos físicos e mentais do indivíduo tornam-se mais lentos. Há um aumento no peso corporal e uma preferência por ambientes aquecidos (o indivíduo adquire intolerância ao frio). Ocorre constipação intestinal e a taxa cardíaca é reduzida. A pele torna-se seca, fria e pálida, o cabelo fica ressecado, quebradiço e tende a cair, a língua aumenta (macroglossia) e a voz torna-se rouca. A libido diminui em ambos os sexos e a ,menorragia é comum nas mulheres. Pode ocorrer edema periorbitário e em membros inferiores. Cretinismo é o termo utilizado para casos de hipotireoidismo congênito associado ao retardo mental, à baixa estatura e ao inchaço de face e mãos característico. Freqüentemente se acompanha de surdo-mudez. O teste do pezinho veio para auxiliar no diagnóstico precoce.
O hipotireoidismo no adulto causa a síndrome conhecida como MIXEDEMA, cujo sintoma mais evidente é um edema localizado no rosto que não cede à pressão. O mixedema é devido ao acúmulo excessivo de substância fundamental amorfa no tecido conjuntivo. A deficiência tireoidiana na criança pode levar ao cretinismo, caracterizado por baixa estatura e retardo mental.
*    Hipertireoidismo: Pode ser causado por diversas doenças da tireóide, porém a mais comum é o bócio exoftálmico ou Doença de Graves. Nesta doença, a hiperfunção é devida a uma IgG anormal que se combina com receptores para TSH das células foliculares simulando os efeitos estimuladores deste hormônio.
*    Bócio simples: É um aumento da glândula tireóide não associado com o hipertireoidismo, o hipotireoidismo, a tiroidite ou tumor. A causa mais comum é a deficiência de iodo, e a condição é mais freqüente em mulheres. A glândula apresenta uma hiperplasia em resposta a níveis elevados de TSH no sangue. A glândula fica moderadamente aumentada e hiperêmica, mostrando claramente que tenta extrair a quantidade máxima de iodo do sangue.